Comentário lido por aí...

Que ideia genial! Aliás, convém lembrar como as coisas melhoraram da última vez que se teve uma ideia semelhante. Foi mesmo um dos melhores melhoramentos de coisas de que há memória...
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Que ideia genial! Aliás, convém lembrar como as coisas melhoraram da última vez que se teve uma ideia semelhante. Foi mesmo um dos melhores melhoramentos de coisas de que há memória...

Acabadas de chegar, as minhas prendas de aniversário, atrasadas que eu sei lá, juntam-se ao montinho de livros para as férias.
O verdadeiro perigo é eu ainda me atirar a um deles antes de as férias começarem...
A minha auto promessa de não dar a volta diária pelos blogues ficou pela intenção. O vício dos jornais que o meu pai me meteu no corpo não me deixa ficar sem saber o que se diz por aí.
Assim, também continuo a comprar um jornal de vez em quando. E hoje recomendo o Público, que traz três excelentes páginas: Luís Aguiar-Conraria na página 8, Álvaro Vasconcelos na página 26 e António Carlos Cortez na página 30.
Tem ainda a sempre acutilante coluna quinzenal de Santana Castilho e Rui Tavares na última página - este é uma preferência pessoal. Gosto geralmente dos artigos dele embora o ache um pouco ingénuo (ou sou eu que já sou demasiado velha para ter algumas das esperanças que ele ainda tem) e ache que, à semelhança da maioria dos políticos e intelectuais de esquerda (por muito que me custe reconhecê-lo...) devia informar-se, já nem digo que melhor, mas alguma coisa, antes de falar de Educação.
Em suma e voltando à vaca fria, hoje o Público vale o que nos custa. Não é todos os dias que se pode dizer o mesmo.
E de repente (nem tanto, que volta não volta, lá escorrega um pé para a chanata) há, no Delito de Opinião (sem link, que não dou palco a malucos) o homenzarredo todo a molhar a sopa no feminismo*. Acabo sempre por concluir que de nada têm os homens tanto medo como das feministas. Sim, há excepções, conheço várias e não duvido de que haja muitas mais. Mas há uma quantidade grande de homens que morre de medo de acordar um dia num mundo onde tenham que pregar os seus próprios botões e dobrar a sua roupa, entre muitas outras coisas que costumam "aparecer feitas".
(Esta vai para o arquivo daquelas coisas que, daqui a uns dias, eu nem vou acreditar que li)
*Tudo começa num post de alguém que diz que inicia o sábado com VPV, que deve ser uma forma qualquer de masoquismo extremo, assim como beber vinagre aos copos...
Porque gostei e a minha memória às vezes atraiçoa-me, vou guardar as coisas que tenho receio de não conseguir encontrar quando precisar delas.
Meditação do Duque de Gandía sobre a morte de Isabel de Portugal [Sophia de Mello Breyner Andresen]
Nunca mais
A tua face será pura limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.
Nunca mais amarei quem não possa viver
Sempre,
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória a luz o brilho do teu ser,
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência,
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
No Delito de Opinião anda toda a gente a listar os livros que, sendo considerados clássicos, quiçá indispensáveis, ainda não conseguiram ler. Não comentei porque isso é uma questão muito pessoal e aquilo, do meio dos comentários em diante começou a descambar. Vá lá que ainda não estão a invocar a actividade sexual das mães uns dos outros...
Aqui só para mim e para as três pessoas que cá vêm, sempre confesso que li a Guerra e Paz aos doze anos e em duas semanas (e foi porque tinha aulas todos os dias, senão tinha marchado mais depressa). Voltei a ler aos dezoito, mais depressa, porque já o tinha lido, e desde então tenho-lhe pegado quase todos os anos, para reler uns bocados.
Até hoje, que tenha tentado e não tenha conseguido, só James Joyce. É como se o inglês dele fosse metade inventado pelo próprio e eu não percebesse bem que língua é aquela. Azares. Sou eu com o Joyce e o Gouveia d'A Ilustre Casa com o pepino...
Claro que há bibliotecas de Alexandria de livros que nunca li e já não lerei, que isto não é uma maratona. Antes me quero a reler velhos amigos do que a ter surpresas tristes. E todos os verões leio qualquer coisa nova.

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